domingo, 20 de abril de 2008

Indicações Bibliograficas.

No ambito Cultural que é o real proposito do Projeto Kane, estaremos sempre com posts sobre livros, e temos tambem a ofinica poética.
para comecar trarei contribuições de alguns membros algumas indicações, mas sempre estarei atualizando com novas indicações e comentários.
vamos la:

Marilena Chauí

Um breve comentário sobre a democracia ateniense:

Com a reforma de Clístenes, inicia-se a democracia (démoi, os cidadãos; krátos, o poder: o poder dos cidadãos). Para avaliarmos a originalidade dessa instituição, basta que comparemos seu nome e o dos outros três regimes políticos, isto é, monarquia, oligarquia e anarquia. Podemos observar que estes últimos são palavras compostas com um derivado de arkhé, isto é, arkhía, termo que designa a função suprema do governo. A monarkhía atribui a um só (monas) a função soberana de governo; a oligarkhía a atribui a alguns (oligói); e a anarkhía, usando um prefixo negativo (an) indica que ninguém exerce a função de governo. Em vez de demoarkhía, a palavra escolhida foi demokratía, em que krátos (força, poder, senhorio) não designa uma função __a função de governo __ e sim o princípio da própria soberania, ou seja, os cidadãos. Assim, se aristokratía quer dizer o poder dos melhores ou dos excelentes (áristoi), demokratía quer dizer o poder do démos. Poderíamos supor que se a palavra democracia não designa a função soberana de governo, então ninguém a exerce e o regime seria uma espécie de anarquia ou falta de governo. Não é, porém, o caso. Qual é o poder do demos? A força das leis. Na democracia, a função soberana não cabe a alguém ou a alguns, mas à lei; e a desobediência a ela é anarquia.

Página 133

(...) é uma democracia direta ou participativa e não uma democracia representativa, como as modernas. Em outras palavras, nela os cidadãos participam diretamente das discussões e da tomada de decisão, pelo voto. Dois princípios fundamentais definem a cidadania: a isonomia, isto é, a igualdade de todos os cidadãos perante a lei, e a isegoría, isto é, o direito de todo cidadão de exprimir em público (na Boulé ou na Ekklesía) sua opinião, vê-la discutida e considerada no momento da decisão coletiva. Assim, a democracia ateniense não aceita que, na política, alguns possam mais que outros (exclui, portanto, a oligarquia, isto é, o poder de alguns sobre todos); e não aceita que alguns julguem saber mais do que outros e por isso ter direito de sozinhos, exercer o poder. Desse modo, exclui da política a idéia de competência ou de tecnocracia. Na política, todos são iguais, todos têm os mesmos direitos e deveres, todos são competentes.


Reflitam: vivemos hoje no Brasil sob um regime de democracia representativa, e não participativa como era a democracia ateniense. Vocês concordam com isso? Vocês concordam com o voto obrigatório? O que é democracia pra vocês?


Página 134

Para um cidadão ateniense seria inconcebível e inaceitável que alguém pretendesse ter mais direito e mais poder que os outros se valendo do fato de conhecer alguma coisa melhor do que os demais. Em política, todos dispunham das mesmas informações (quais eram as leis, como operavam os tribunais, quais os fatos que iriam ser discutidos e decididos), e possuíam os mesmos direitos, sendo iguais. A democracia ateniense julgava tirano todo aquele que pretendesse ser mais, saber mais e poder mais do que os outros em política.


Página
134


Texto retirado do livro:


Autora: Marilena Chauí
Título: Introdução à história da Filosofia
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2002

Esse livro é um livro introdutório pra filosofia, pra iniciantes (como eu) e por isso não possui uma linguagem pesada, pelo contrário, a linguagem é bem leve e gostosa. O subtítulo do livro é: dos pré-socráticos a Aristóteles. A autora traça uma panorama geral do nascimento da filosofia, problematiza a origem da filosofia como sendo oriental ou grega, fala dos principais filósofos que antecederam Sócrates, e também fala bastante de Platão e Aristóteles. É um excelente livro pra quem quer começar a estudar ou conhecer um pouco de filosofia!

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Li recentemente o Pedagogia da Autonomia, do Paulo Freire.
Achei interessante postar aqui porque mostra como age essa maldita ideologia que só favorece a elite dominante, que até a educação dá vida nisso, mas que pode desmascará-la.
Não tem muito a ver com televisão, mas dá pra ser associado ao tema muito facilmente. Tem uma linguagem bem simples e traz esse espírito de insatisfação e revolta contra o neoliberalismo manipulador. E Paulo Freire é sempre bom ler!

Não tenho o link pra download, mas comprei-o por um preço de sebo: 9, 00, e não é difícil achar. Acredito que na Saraiva custa 10,00.

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
Autor
: Paulo Freire
Editora: Paz e Terra


(Indicação Roger).


A Influência da Televisão no Desenvolvimento Biopsicosocial da Criança, também com o nome "Cuidado TV Vicia", de Jorge N. N. Schemes. Baixei esse livro na internet.
Link:www.adventistas.com/downloads/cuidado_tv_vicia.doc (indicação Alexandre).


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