terça-feira, 14 de outubro de 2008

Futuro do Projeto Kane o que será?

Muito pouco se sabe ainda sobre as idéias do Projeto Kane. Muito mais dificil de interar quando os membros simplesmente sumiram. Bom devo confessar que muitoa coisa interna ocorreu, boa parte da moderação foi dizimada por falta de colaboração e muito desanimo se abateu sobre os membros fundantes. O Projeto kane de inicio tinha idéias um tanto utopicas a saber agora depois de longa reflexão, porém a face critica do projeto jamais será esquecida por isso mesmo ainda se mantém vivo o projeto aberto a debates e a discussões. Não digo que deixamos de lado a injuria ante a TV globo ou qualquer veiculo Midiático, mas passaremos ao menos de minha parte a mostrar apenas o lado critico da coisa deixando a merce de cada ser a escolha em aderir à revolta ou se acomodar.
Fácil é se manter neutro onde nada é verdade ou mentira e dificil é saber que ao escolher o lado contra mão você estará fadado a andar por si só, ou com apenas alguns colegas. Só que ao escolher o que é de gosto próprio não se terá descontentamento, e sim a certeza de que por mais que pouco tenha sido feito, algo foi feito.
O projeto não acabou e não morrerá o blog se manterá vivo e a comunidade também por mais que a inatividade pareca clara. Estaremos aqui para deixar um perspectiva crítica seja ela embasada em pesquisas ou de proprio cunho. O que vale salientar é que nós do projeto kane não dizemos amém a tudo e buscamos ver todos os lados da moeda.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

8 DE OUTUBRO

Em 8 de outubro de 2008 se comemora o 41 aniversário da morte de Che.
Um dia para relembrar não a sua morte, mas a vida e o exemplo desse homem, que foi capaz de lutar e morrer por uma América Latina melhor e mais unida!

A morte de Che Guevara

"É o meu destino : hoje devo morrer!
Mas não, a força de vontade pode superar tudo!
há obstáculos, eu reconheço!
não quero sair....
Se tenho que morrer será nesta caverna (...).
Morrer, sim, mas crivado de balas, destroçado pelas baionetas
Uma recordação mais duradoura do que meu nome
É lutar, morrer lutando"
Ernesto Guevara de la Serna, janeiro de 1947.

Desde que dois bolivianos, integrantes da guerrilha comandada por Che Guevara instalada na região do Ñacahuazú, a uns 250 quilômetros ao sul de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, desertaram, os militares tiveram quase certeza que aquele a quem denominavam “Ramón”, era de fato o Che. Há dois anos, desde sua carta de despedida, lida publicamente por Fidel Castro, em outubro de 1965, que ninguém, a não ser o alto comando cubano, sabia do seu paradeiro. Em pouco tempo, assessores militares norte-americanos desembarcaram em La Paz, capital da Bolívia, para instruir o mais rápido possível um batalhão de Rangers, adestrados na contra-insurgência, capazes de sair à caça dos guerrilheiros. As certezas da CIA e das autoridades bolivianas, da presença de Che, aumentaram ainda mais quando capturaram, em Muyupampa, um vilarejo no sul do país, no dia 20 de abril de 1967, o intelectual francês Regis Debray, um agente de ligação de Fidel com Che, e o argentino Ciro Bustos. Tornou-se evidente que a presença dos dois estrangeiros se devia a razões de um plano mais vasto de operações militares. Debray, depois de torturado, confessou que “Ramón” era mesmo o Che.
Entrementes, Che havia dividido seus homens - formado em sua maioria por cubanos, alguns bolivianos, um par de peruanos e uma mulher, Tânia, uma teuto - argentina que integrara-se na luta - em duas colunas, a de Joaquim e a dele. O grupo de Joaquim foi exterminado em Vado del Yeso, quando tentava atravessar os rios Acero e Oro. O de Guevara, reduzido a 17 homens, foi cercado, no 11º mês de manobras, num canyon em La Higuera, pelas tropas do capitão Gary Prado, no dia 8 de outubro de 1967. Depois de intenso tiroteio, com sua arma avariada e com a perna trespassada por uma bala, Che Guevara rendeu-se. Sua aparência era assustadora, parecia um mendigo, magro, sujo e esfarrapado. Levaram-no para um casebre em La Higuera que servia como escola rural. Lá, na tétrica companhia dos cadáveres de dois jovens guerrilheiros cubanos, ele passou sua última noite. Foi interrogado pelo ten-cel. Andrés Selich ao qual apenas confessou ter sido derrotado, lamentando que nenhum camponês boliviano tenha aderido aos seus propósitos.
No dia seguinte, 9 de outubro, por rádio, veio a ordem de La Paz para que o executassem. O agente cubano-americano da CIA, Félix Rodrigues, desejava levar Che como prisioneiro para o Panamá para interrogá-lo, mas o Gen. René Barrientos, presidente da Bolívia, fora muito claro.
Coube ao sargento Mário Terán, disparar-lhe uma rajada de balas quando Che ainda estava deitado no chão batido da escola. Morreu aos 39 anos. Removeram-no para Vallegrande onde foi exposto sobre umas pias da lavandeira de um pequeno hospital. Lá amputaram-lhe as mãos para conferir com suas digitais existentes na Argentina. Antes, tiram várias fotos. Surpreendentemente ele, ferido e estirado, parecia-se com uma daquelas telas do Barroco que retratam o Cristo caído. Seu olhar fixo parecia tranqüilo, como se não fosse surpreendido pelo desastre. Consumava-se assim a sua idéia da morte como martírio. Ele, e mais sete outros, foram enterrados numa cova anônima nas proximidades do pequeno aeroporto de Vallegrande, sob o mais absoluto sigilo. Durante os 28 anos seguintes ninguém manifestou-se a respeito, até que o Gen. reformado Mário Vargas Salinas informou ao jornalista Jon Lee Anderson aonde jogaram o cadáver. Depois de dois anos de escavações, peritos cubanos e argentinos, encontraram finalmente seus ossos. Foram transladados para Cuba, onde foram recebidos por Fidel e Raul Castro com honras de estado. Nesses trinta anos que se passaram Che Guevara havia deixado a História para adentrar na Mitologia da América Latina.


MANIFESTO – “CARTA AO COMPANHEIRO CHE”

por Mauro M. Braga – Grupo OLLA

Ernesto Guevara, nosso inspirador “Che”: queria que você estivesse aqui e pudesse testemunhar o que vou brevemente relatar.
Foi profética a fala de seu amigo Fidel ao ironizar a arrogância dos que acreditavam que, tirando sua vida, Che, estariam dando um golpe definitivo nos revolucionários da América. Era claro para ele e para todos nós que seu martírio produziria efeito contrário, mitificando o espírito rebelde e transformando-o em energia libertadora que transcenderia tempos e espaços. Ah, companheiro, se você estivesse aqui agora, veria no que virou sua amada América Latina.
Você veria que Cuba, hoje, não está mais sozinha. Nossos movimentos populares, sempre inspirados em você, venceram uma a uma as tantas ditaduras que nos assombravam. E nossos votos realizaram incríveis prodígios por aqui. Pra você ter uma idéia, os generais de ontem deram lugar a indígenas, operários, padres ligados à Teologia da Libertação, mulheres... Essa nova América Latina, cada vez mais solidificada, cada vez mais unida, cada vez mais esquerdista e popular, estremece as bases de sustentação das elites, das oligarquias, dos imperialistas. Você se orgulharia de nós, companheiro Che.
Se orgulharia ao ver que a Cuba que você tanto amou segue seu caminho de promoção de justiça social, superando todas as dificuldades e ainda servindo de inspiração para todos os que sonham com um Outro Mundo Possível. Superando o fim da URSS, o maior embargo econômico da história, as constantes ameaças e provocações do vizinho imperialista, os furacões, Cuba segue de cabeça erguida. Povo guerreiro, que você conhece bem. Se orgulharia em ver que Cuba já não precisa mais exportar guerrilhas para a África ou a América Latina, como na sua época. Cuba, amigo Che, hoje exporta solidariedade, exporta médicos. O governo cubano envia milhares deles a países necessitados. Comandante Guevara, você sabe que, nesse próximo primeiro de janeiro, Cuba comemora 50 anos da vitória da Revolução – e seremos sempre todos gratos a você por ter sido tão imprescindível nessa linda página da história latino-americana. Fui testemunha no ano passado da paixão dos cubanos por você.
Mas há muito mais por que se orgulhar. Você veria, por exemplo, que nossos pobres camponeses foram capazes de criar, no Brasil, um movimento como o MST – o maior movimento popular do planeta. É verdade que a ampla reforma agrária latino-americana com a qual você sempre sonhou, amigo, ainda está longe de ser conquistada. A resistência, você sabe, é enorme. No entanto, aprendemos com você o quanto devemos ser perseverantes e pacientes, pois a vitória final virá – cedo ou tarde. Hoje nós já temos poder e organização para combater o latifúndio improdutivo, a especulação, o coronelismo, as milícias de jagunços. Os poderosos proprietários, que sempre foram quase intocáveis na América Latina, agora tremem diante do MST e dos camponeses organizados.
De onde você está hoje, Che, espero que possa ver que estamos assistindo de camarote à queda do império, corroído em suas próprias entranhas pela doença cega e terminal da sociedade de consumo, que agoniza nas suas crises financeiras, ecológicas, sociais e institucionais. Essa falência de um modelo, por outro lado, inspira a cada dia o movimento dos cidadãos de bem, que sempre sonharam com um outro mundo possível e que hoje fazem disso seu slogan, seu objetivo de vida e de luta, reunindo-se numa verdadeira revolução global chamada Fórum Social Mundial. Seu nome, comandante Che, como sempre, é um dos mais exaltados e aclamados nas reuniões dessa nova classe de revolucionários.
Enquanto o Império desmorona, nossa América Latina estabelece novas bases políticas, inspirando-se em Simon Bolívar e José Marti e construindo o “Socialismo do Séc. XXI”. Você se surpreenderia, Che, em saber que hoje proliferam por aqui governos de esquerda ou de centro-esquerda – com bases populares, tentando usar as inúmeras riquezas desse continente para promover inclusão social e distribuição de renda, e não mais para remeter divisas ao exterior ou enriquecer oligarquias. Buscando restabelecer as funções do Estado, sempre tão necessárias para as classes mais humildes e rompendo com as tragédias geradas pelo neoliberalismo. Buscando criar laços com a África e a Ásia, fortalecendo a voz dos povos periféricos do mundo e rompendo com séculos de subserviência latino-americana, primeiro aos colonizadores, depois à Inglaterra e por fim aos EUA. Chávez, Correa, Moralez, Lula, Bachelet, Lugo, etc... são nomes que simbolizam uma nova América Latina, com a qual gente da sua e da minha geração sempre sonhou, companheiro Che. Você precisava ver o quanto a mídia elitista gosta de atacá-los, desrespeitá-los, satirizá-los de forma caricata, o quanto as elites articulam para sabotar seus mandatos e seus programas de governo. Mas o resultado é inverso, pois sua popularidade só faz aumentar. Aliás, Che, essa mesma mídia também costuma voltar suas baterias de ataque a figuras que inspiram todo esse processo, como você, companheiro. Você não tem idéia das barbaridades que a nojenta revista “Veja” publicou a seu respeito no ano passado. Mas deixa pra lá: quem busca esse tipo de informação, no fundo, a merece, você não acha? Matérias como aquela são sintomas do desespero das elites que vêem, aos poucos, o chão ruir sob seus pés nessa nova América Latina.
Finalmente, Comandante Che, e de forma especial, eu gostaria de me referir a uma questão. Quisera você pudesse testemunhar o levante dos seus irmãos indígenas, cuja história de exploração lhe comoveu tanto desde os tempos em que você, ainda muito jovem, buscava seu destino viajando pelos Andes. Você veria que hoje, o orgulho está voltando a brilhar nos olhos deles. Eu poderia aqui lhe falar da rebelião zapatista de Chiapas ou de lutas como a da Raposa Serra do Sol. Mas quero lhe falar sobre a Bolívia. A mesma Bolívia indígena e miserável que você quis transformar há 40 anos. A Bolívia para a qual você, literalmente, entregou a sua vida. Pois saiba, Companheiro Ernesto Che Guevara, que seu sacrifício não foi em vão: hoje o presidente da Bolívia é um indígena! Não é – e nem poderia ser – nenhum tipo de messias. Não se transforma um país explorado há tantos séculos da noite para o dia. Mas você, que conheceu de perto os indígenas e camponeses bolivianos quando atuou com eles na guerrilha, teria orgulho deles hoje. Eles têm resistido bravamente às tentativas de desestabilização arquitetadas pelas oligarquias e pelos EUA. Eles têm protegido o governo de Evo Moralez. E eles se sentem fortes para fazê-lo, sabe por que, companheiro? Porque sabem que hoje não estão mais sozinhos. Eles têm o apoio da maioria dos países vizinhos. Eles já viram uma tentativa semelhante de golpe ser derrotada na Venezuela alguns anos atrás. Eles mesmos já deram uma demonstração de força vencendo a “Guerra da Água” em Cochabamba. E agora estão, de novo, nos enchendo de orgulho.
É, Comandante Ernesto Che Guevara: vivemos numa nova América Latina. Muito a fazer, pouco a comemorar ainda, mas com certeza uma nova América Latina. E você tem tudo a ver com isso. Por isso lhe somos gratos. Que seu espírito de dedicação e volutariedade ao trabalho que deve ser feito, somado à energia poderosa da indignação, continuem a nos inspirar nessa longa caminhada. Pátria ou Morte! América Latina Livre! Hasta La Vitória! Sempre!


"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros." Ernesto Che Guvara

CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE PARA CUBA

A Associação cultural José Martí Paraná-Cuba convida a todos nossos amigos brasileiros da solidariedade com Cuba para aderirem à campanha humanitária:

"COM TODOS PARA O BEM DE CUBA"


"Com o amor renasce a esperança", dizia o herói nacional José Martí. Inspirados no seu ensinamento e no seu exemplo, convidamos a todos, no Brasil e no mundo, a unirem-se num grandioso esforço de apoio humanitário ao povo cubano, que está vivendo momentos muito difíceis, para ajudá-lo a socorrer as vítimas dos terríveis furacões "Gustav" e "Ike", que devastaram uma considerável parte do território de Cuba, gerando perdas e danos a milhares de moradias, hospitais, escolas, plantações, serviços básicos essenciais, assim como a perda de pertences pessoais indispensáveis para retomar a normalidade da vida cotidiana.

Esta campanha tem como objetivo fundamental captar recursos materiais e financeiros para socorrer as vítimas dos furacões, assim como respaldar a luta do povo cubano e todos aqueles solidários com Cuba contra o bloqueio imposto injustamente pelos Estados Unidos por quase meio século.

"Por quem merece amor", será o lema central da campanha, em justo reconhecimento ao povo cubano que, já há 50 anos, tem dado inumeráveis provas de solidariedade humana.

A Campanha Nacional está sendo divulgada, hoje, 8 de outubro de 2008, na cidade de Curitiba, e propõe desenvolver as seguintes ações:

1. Contribuições monetárias de todas as pessoas físicas e jurídicas que desejem aderir à campanha, através de depósitos nas contas bancárias destinadas para essa finalidade.

Banco do Brasil Agência 0018-3 Conta corrente Nro. 91000-7
Consulado Geral de Cuba
Por favor, na hora de fazer depósito especificar estado de onde faz o depósito.

2. Coleta de doações de alimentos não-perecíveis e de medicamentos que, devido a seu alto custo ou às restrições externas impostas pelo governo dos Estados Unidos, tornam-se de difícil aquisição para o povo cubano.
As doações se receberão em:

R. Alameda Cabral, 737 no FETIAP - Curitiba- PR telefone: (41) 32239760

3. Coletar doações de artigos de primeira necessidade e outras prioridades a serem identificadas durante a Campanha, fazendo-os chegarem até os territórios mais afetados pelos furacões.
(no mesmo endereço anterior).

4. As contribuições serão acompanhadas de uma ampla mobilização das entidades de solidariedade com Cuba e de outros setores políticos, sindicais, culturais, econômicos e comerciais de interesse estratégico, com fins humanitários para que, junto a ANCREB-JM, iniciem campanhas de apoio material e moral ao povo cubano e de condenação ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos.

5. Publicação da página web da Associação(http://www.josemartipr.ig.com.br/) para estimular a participação na campanha e informar periodicamente sobre os recursos monetários e materiais captados assim como seu destino. A esse esforço se uniram jornalistas e comunicadores brasileiros que expressam seu desejo de colaborar conjuntamente com a União de Jornalistas de Cuba(UPEC) junto com a qual se dispuseram a colaborar.

6. A campanha desenvolverá a logística necessária para que as contribuições materiais cheguem aos lugares mais necessitados de Cuba e, com essa finalidade, solicitaremos apoio de autoridades dos governos cubano e brasileiro.

contamos com a sua participação!

"A solidariedade é a ternura dos povos" Che

Teresita Campos Avella
Asociasón Cultural José Martí Paraná-Cuba
telefone: (41) 9969874
Cuba pede ajuda à comunidade internacional

O país que nunca hesitou em enviar seus voluntários para auxiliar as populações da América Latina e da África pede agora a nossa ajuda para a sua reconstrução, após a catastrófica passagem dos furacões Gustav e Ike.
Mais que um ato de solidariedade, devemos mostrar gratidão a esse pequeno país que, mesmo sofrendo com um bloqueio criminoso dos Estados Unidos há décadas, sempre fez questão de ajudar aos povos de todo o mundo.
Segue abaixo o pedido de ajuda do povo cubano à comunidade internacional:

DECLARAÇÃO DO COMITÊ INTERNACIONAL PELA LIBERDADE DOS CINCO
A todos os comitês e amigos dos Cinco e Associações amigasAos amigos da Revolução CubanaÀs pessoas nobres e honestas do mundo e em especial ao povo brasileiro
Como é de conhecimento público, a passagem implacável dos furacões Gustav e Ike, com apenas 9 dias de diferença um do outro, assolou a ilha de Cuba de Oriente a Ocidente, provocando milhões de perdas na agricultura, moradia e infraestrutura do país.
Graças à existência da Revolução Cubana e sua Defesa Civil, apenas lamentamos a perda de 7 vidas humanas. Vários milhões de cubanos tiveram que ser evacuados e milhares perderam total ou parcialmente suas moradias.
Apesar do duríssimo golpe, ninguém ficará abandonado nem acontecerá com eles o que acontece até hoje com as vítimas em outros países.
Alertamos a opinião pública internacional sobre a campanha midiática da suposta ajuda humanitária da administração Bush para Cuba.

O que ele prega, para a vergonha da humanidade, é a pretensão, mesmo em meio à uma colossal desgraça, de apoderar-se de Cuba.
Caso se tratasse de um mínimo gesto "humanitário", a primeira coisa que o governo dos EUA deveria fazer é levantar incondicionalmente o bloqueio genocida contra Cuba. Nem sequer quis fazê-lo por seis meses, para que Cuba possa adquirir os insumos necessários para a construção de suas moradias, nas condições normais que qualquer outro país da terra faz, assim como solicitou dignamente o governo cubano em suas três notas verbais.
A política genocida contra Cuba não teve freio mesmo diante dessas dolorosas circunstâncias para a nação cubana. Desde a indigna oferta de 100 mil dólares, condicionados a uma supervisão "in situ", seguida pelo anúncio de vendas por 250 milhões, realizado pelo Secretário de Comércio. Outra maquiavélica manobra que pretende mostrar ao mundo uma mão estendida que ainda é a mesma que pretende assassinar Cuba.
A cifra é inferior ao que Cuba adquiriu no decorrer do ano e não modifica um milímetro as condições comerciais nem sequer nessas graves circunstâncias: o pagamento deverá ser contado, não haverá linha de crédito, os barcos que transportarem as mercadorias não poderão atracar em um porto dos EUA durante 6 meses e todas as enormes restrições que impõe o criminoso bloqueio contra Cuba.
Os danos superam os 5 bilhões de dólares, especialmente nas moradias, agricultura, eletricidade, comunicações e a infra-estrutura econômica.
Se hoje existem governos progressistas na América Latina e o Caribe é por conta, entre outros fatores, da heróica resistência do povo cubano durante todos estes anos, apesar de ser um pequeno país bloqueado e castigado, jamais deixou de estender sua mão solidária aos nossos povos.

-Hoje é Cuba quem necessita da urgente solidariedade de cada um de nós.
Chamamos a todos para exigir o levantamento incondicional do bloqueio genocida contra Cuba tal como vem exigindo a comunidade internacional em absoluta maioria.
-Exigimos que os EUA respeitem o clamor de nossa nações levantando o bloqueio contra Cuba.
Façamos nosso o Chamamento dos Intelectuais cubanos e convidamos nossos amigos a
referendá-lo e reproduzi-lo.
Denunciamos o governo dos Estados Unidos da América, suas agências de inteligência e a máfia terrorista de Miami que pretende tirar proveito dessa situação com sua campanha de mentiras à opinião pública.
Chamamos a todos os amigos de Cuba no mundo a trabalhar solidariamente para reconstruir o que a força da natureza destruiu.
-Cuba necessita, com imperiosa necessidade: Alimentos não-perecíveis, Materiais de reparação elétrica, Materiais de Construção.
-Apenas alguns dados para ilustrar os danos:
Evacuados: 3 milhões e duzentas mil pessoasMoradias afetadas: cerca de 500 mil danificadas seriamente, 62 mil destruídas totalmenteTorres elétricas destruídas: 137. Postes de luz derrubados: 4500Perdas na agricultura de dezenas de milhares de hectaresPerda de meio milhão de avesPerdas numerosas na cana de açúcar, no tabaco, café, banana, cítricos e arrozGrandes perdas na criação de suínosMilhares de km de rodovias e estradas danificadas.Sete portos fechados.Numerosos danos em instituições educacionais, universidades, creches, instituições culturais e sanitárias.

Diante desse devastador panorama levanta-se firme como as palmeiras o valor da dignidade do povo cubano que, apesar do bloqueio e os furacões, não perde o sorriso e segue construindo esse mundo possível e solidário que tanto a nossa humanidade necessita.

Cuba, mais uma vez, Vencerá!!!

"A solidariedade é a ternura dos povos"
Ernesto Che Guevara

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Mídia brasileira - excelente texto

O QUE VOCÊ PRECISA SABER QUE OS JORNAIS NÃO CONTAM
Publicado em 02 de setembro em "vi o mundo" por Luiz Carlos Azenha(o que você nunca pôde ver na tv).

Eu acho os jornais brasileiros abomináveis, especialmente na política externa. São incapazes de articular uma cobertura que dê conta do novo papel que o Brasil está desempenhando no cenário internacional.
Isso independe de governo. O Fla x Flu da política doméstica parece ter contaminado até mesmo a cobertura internacional.
Qual o impacto que o pré-sal terá no papel do Brasil, se de fato terá algum?
Os Estados Unidos tornarão o Brasil um parceiro preferencial por causa das descobertas de petróleo?
Quando o Obama disse que em dez anos pretende livrar os Estados Unidos do petróleo importado do Oriente Médio está contando com petróleo brasileiro, da Venezuela e da África?
Se sim, isso tem relação com o fato de que os Estados Unidos criaram um comando militar para a África?
Isso tem relação com a volta da Quarta Frota?
Pegue a coleção da Folha de S. Paulo, que se acha o melhor jornal do Brasil, e faça essas perguntas ao matutino paulistano.
Vão alegar que o jornal está distraído, polemizando com o Caetano Veloso.
O que falta aos jornais brasileiros? Em minha opinião, falta pensar o Brasil. Pensar o país fora das amarras de seus próprios interesses políticos e econômicos -- ou, se isso é impossível, acima deles.
Por outro lado, é muito mais barato reproduzir artigos distribuídos por agências em vez de investir em jornalistas de qualidade distribuídos pelas capitais mais importantes do mundo.
Você, caro leitor, acha que o fim do mundo tem importância?
Se você acha que o fim do mundo tem importância, como notícia, não gostaria de saber o que estão pensando sobre o fim do mundo em Washington, Paris, Londres, Moscou e Beijing?
Os jornais brasileiros pararam de pensar nisso lá atrás, quando caiu o muro de Berlim.
Mas o mundo insistiu em continuar existindo -- com seus arsenais nucleares.
O dos Estados Unidos foi modernizado. O da Rússia se deteriorou.
E, de lá para cá, os Estados Unidos podem ter atingido a chamada "supremacia nuclear". O que isso significa? Que o Pentágono acredita que pode vencer uma guerra nuclear contra a Rússia e a China.
Você acha que isso é notícia? Eu acho.
E é importante pelo simples fato de que, a partir dela, você entende muito melhor os movimentos dos países no cenário internacional.
O que explica a insistência dos Estados Unidos em instalar um sistema de mísseis anti-míssil na Europa Oriental?
O que levou os russos a ficarem apopléticos com isso?
O fato de que os Estados Unidos atingiram a supremacia nuclear e, com isso, se consideram muito mais à vontade para usar a força em qualquer parte do mundo.
O sistema anti-mísseis dos Estados Unidos, que começou a ser desenvolvido durante o governo Reagan -- e foi batizado de Guerra nas Estrelas -- só faz sentido nesse contexto. Certo de que tem a supremacia nuclear e de que, num eventual ataque, conseguiria destruir a maior parte dos submarinos, bombardeiros e mísseis russos ou chineses, os Estados Unidos desenvolvem um sistema que, mesmo falho, poderia reduzir o impacto de qualquer contra-ataque.
Mas, a acreditar no que sai nos jornais brasileiros, o Vladimir Putin acordou um dia Lobo Mau e decidiu fazer o papel de vilão.
Os jornais brasileiros estão fascinados com a arte e com os boxes. Informação é para tapar o buraco que sobra das propagandas.

http://www.viomundo.com.br/opiniao/o-que-voce-precisa-saber-que-os-jornais-nao-contam/

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Pablo Neruda

Morre Lentamente
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar, morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante... Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade.
Pablo Neruda


Pablo Neruda (Parral, 12 de Julho de 1904 — Santiago, 23 de Setembro de 1973) foi um poeta chileno premiado com o Nobel de Literatura de 1971, um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX e cônsul do Chile na Espanha (1934-1938) e no México.

Alguns pensamentos seus:

"Só com uma ardente paciência conquistaremos a esplêndida cidade que dará luz, justiça e dignidade a todos os homens. Assim a poesia não terá cantado em vão."

"Em minha casa reuni brinquedos pequenos e grandes, sem os quais não poderia viver. O menino que não brinca não é menino, mas o homem que não brinca perdeu para sempre o menino que vivia nele e que lhe fará muita falta."

" E a minha voz nascerá de novo,talvez noutro tempo sem dores,e nas alturas arderá de novo o meu coraçãoardente e estrelado".

Assembléia-Geral da ONU

LULA NA ASSEMBLÉIA DA ONU

Em discurso de abertura da Assembléia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, Lula comentou sobre assuntos polêmicos como a crise financeira mundial, a crise alimentar, biocombustíveis e ainda falou da América do Sul e sua capacidade de integração, entre outros assuntos.

Sobre a crise financeira mundial Lula declarou que apenas a ação determinada dos governantes, principalmente nos países que estão no centro da crise, será capaz de combater a desordem das finanças e também criticou a falta de regras na economia, citando:“É inadmissível -dizia o grande economista brasileiro Celso Furtado-que os lucros dos especuladores sejam sempre privatizados e suas perdas invariavelmente socializadas.”Ressaltou ainda que “a ética deve valer também na economia”.

Sobre a América do Sul, o presidente enfatizou a capacidade da região em resolver seus problemas sem a mediação dos países ricos, e destacou a atual formação de um mundo multipolar: “ Aos poucos vai sendo descartado o velho alinhamento conformista dos países do sul aos centros tradicionais. Essa nova atitude não conduz, no entanto, a uma postura de confrontação. Simplesmente pelo diálogo direto, sem intermediação das grandes potências, os países em desenvolvimento têm-se credenciado a cumprir um novo papel no desenho de um mundo multipolar. Está em curso a formação de uma nova geografia política, econômica e comercial no mundo. No passado os navegante miravam a estrela polar para encontrar o norte, como se dizia. Hoje, estamos procurando a solução de nossos problemas contemplando as múltiplas dimensões do nosso planeta. Nosso “norte” as vezes está no sul”. Lula ainda comentou a importância da Unasul, que visa o desenvolvimento e a integração dos países, assim como a capacidade da organização de respostas a assuntos regionais complexos, como o vivido “pela nação irmã Bolívia”.

Falou ainda da importância e das vantagens dos biocombustíveis, destacando que a produção de etanol não é culpada pela crise dos alimentos, mas sim a grande especulação nos preços do petróleo.


OUTROS LÍDERES

O presidente Geoge W. Bush não deu grande importância a crise econômica, mas enfatizou que a ONU reforce sanções a Coréia do Norte e ao Irã, por causa do programa nuclear dos países. Já o presidente iraniano declarou que é direito de qualquer país se utilizar da energia nuclear para fins pacíficos, dizendo ainda que o império americano está chegando ao fim e que os próximos governantes “devem limitar sua interferência a suas próprias fronteiras”.

CUBA ABANDONA ASSEMBLÉIA DA ONU EM PROTESTO A BUSH:
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs.aspx?cmm=47708877&tid=5249668195894481493&start=1

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Somos Todos Iguais - Catedral

"Somos todos iguais
Na chegada e na partida
No encontro e despedida
Na jornada pela vida sem saber
Somos todos iguais
Na mentira e na verdade
No amor e na maldade
Parte da humanidade sem saber
Sentimento incomum
Comunhão sem perceber
Somos partes de um só
No sentido de viver
E viver é tão dificil
Se não nos aproximar
Cabe a nós querer mudar
O amor está no ar
Somos todos iguais
Na mentira e na verdade
No amor e na maldade
Parte da humanidade sem saber"




As diferenças estão nos olhos de quem vê. As diferenças estão na gananciosa mente humana. A diferença é uma ilusão. Alguém ainda não se deu conta disto?

Somos todos iguais: Seres humanos

Atualmente há entre 3 mil e 4 mil idiomas no mundo, o que evidencia a grande diversidade étnica e cultural. Todos possuem cultura, pois esta se define como sendo o convívio em sociedade, assim como os hábitos, valores, crenças e costume de determinado grupo em questão, que são repassados de geração para geração. Portanto, o branco, o negro, o índio, o analfabeto, o sábio, o rico e pobre, independentemente das diferenças, possuem cultura, aliás, são estas diferenças que formam as variadas culturas existentes.
Sem dúvida, o Brasil é o melhor país para exemplificar a diversificação étnica e cultural, pois a população brasileira é formada da miscigenação dos vários povos que aqui foram se instalando. O primeiro elemento dessa formação foi o índio, que nos deixou uma grande herança cultural, como hábitos alimentares e uma série de palavras incorporadas ao português brasileiro, e que infelizmente hoje está reduzido a menos de 1% da população brasileira. Em seguida chegaram os portugueses, que nos deixaram o idioma, instituições administrativas, sociais, morais, etc. Outro elemento étnico extremamente importante na formação da população é o negro africano que,indiscutivelmente, deixou um traço cultural muito forte até nos dias de hoje. No censo de 2000 foram cadastrados no Brasil cerca de 70 milhões de pessoas negras e mulatas, o que correspondia a 45% da população nacional. Com o decorrer do tempo outros povos foram se fixando no Brasil, como os italianos, eslavos, japoneses entre outros.
E é toda esta diversidade que faz do Brasil um país encantador, no entanto, o racismo é um mal ainda muito presente em nossa sociedade, mas com uma boa análise, percebemos que esse ato pré-conceituoso – como a palavra já esclarece o significado- é bem mais freqüente em países que servem como pólo de atração de emigrantes. Para nós brasileiros toda essa mistura de “raças” é normal, pois nosso país é formado dessa mistura, porém, para muitos países europeus por exemplo, trata-se se um atentado a “pureza de sua gente”, uma violação a cultura do país. Daí que se origina o xenofobismo, que basicamente se trata da “aversão a estrangeiros”, resultando em enumeráveis conflitos e na formação de “grupos de ataque”.
Exemplo histórico bem típico de racismo, foi o nazismo na segunda guerra mundial, que tendo como líder máximo Adolf Hitler, pregava a superioridade da raça ariana e a pureza racial. Só para começo, o conceito de “raça” está geneticamente provado que não se aplica a espécie humana, pois somos a espécie mais homogênea existente e o que nos diferencia são detalhes físicos poucos significativos. Quanto a superioridade racial, ela se desenvolveu da evolução histórica e da relação internacional de determinados grupos, já que logicamente e provado geneticamente, a miscigenação de raças não gera nenhum tipo de deterioração biológica. E por essa grande tolice e irracionalidade humana cometeu-se o genocídio de um povo: o judeu, e nada justifica tamanha crueldade.
A Ku Klux Klan é outro exemplo bem famoso de “grupos de ataque” que surgiu após a Guerra de Secessão e libertação dos escravos nos EUA. A partir daí surgiram vários grupos sempre visando a perseguição aos negros, que passaram a viver segregados em guetos, sofrendo discriminação e sendo vedado a eles o acesso a diversos serviços públicos.Um dos mais famosos desses guetos deu origem ao Harlem, bairro de Nova York.
No Brasil, estes tipos de discriminações são considerados crime. Vejamos alguns aspectos da lei n. 7.716:
·Art. 1 Serão punidos, na forma da Lei, os crimes de preconceito de raça e cor.
. Art. 4 Negar ou obstar emprego em empresa privada.
· Art. 5 Recusar ou impedir acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador.
·Art. 6 Recusar, negar ou impedir a inscrição ou ingresso de aluno, em estabelecimento de ensino público ou privado em qualquer grau.
· Art. 20 Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza, a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia ou procedência nacional. [...]

Está claro que a pequena diferença entre povos é uma questão muito ínfima quando comparada à essência do ser humano. Todos nós temos as mesmas necessidades, somos sensíveis às mesmas dores, temos a capacidade de pensar e raciocinar logicamente, portanto, somos todos iguais. Sendo assim, todos merecemos ter as mesmas oportunidades, merecemos comer, merecemos ter acesso à saúde e educação e acima de tudo, merecemos ser respeitados pelo simples fato de sermos seres humanos!

terça-feira, 3 de junho de 2008

Capitalismo: O lado de dentro da caverna

Texto Indicado por Alessandra.

É impossível afirmar que o capitalismo seja o melhor sistema econômico, ao contrário, esse tipo de sistema vigente está levando a humanidade ao suicídio, à medida que proporciona a profunda desigualdade, lançando um número assustador de pessoas à miséria, enquanto que uma pequena parcela se deleita em excessivas futilidades.

No grupo dos países desenvolvidos –que engloba a América Anglo-Saxônica, praticamente toda a Europa, Japão, Austrália e Nova Zelândia- onde estão concentrados os recursos técnicos e econômicos, encontramos 25% da população mundial. Na porção dos países subdesenvolvidos –América Latina, África e Ásia- que se observa praticamente a inexistência de capital, vivem mais de 75% da população mundial.

O alimento, apesar da produção ser suficiente para todos, está extremamente mal distribuído, sendo um reflexo da péssima distribuição de renda. Verifica-se assim, a grande concentração de alimentos nos países ricos, nos quais se perde milhões de toneladas no superconsumo humano e animal, enquanto que nos países pobres a subnutrição mata 15 crianças a cada minuto. Estas são apenas as conseqüências mais gritantes do capitalismo.

Além dos enormes danos sociais, o capitalismo tem provocado enormes danos ambientais. As indústrias queimam inimagináveis quantidades de combustíveis fósseis que liberam poluentes na atmosfera, agravando o efeito estufa o que resulta no aquecimento global, que por sua vez afeta todo o equilíbrio da biosfera. As reservas naturais, seja de combustíveis fósseis, minerais e até as florestas e animais estão desaparecendo à medida que o consumo aumenta.

Além de se alimentar da miséria da maioria dos seres humanos, da exploração excessiva dos recursos naturais, esse sistema criou outra forma de alimentação: a manipulação. Para isso, o capitalismo inventou uma felicidade ilusória, a da satisfação pelo ato de adquirir, uma espécie de “compro, logo existo”, o que gera um consumo desenfreado e a completa ignorância da maioria da população. Comparando com o Mito da Caverna de Platão, é como se a maioria estivesse mergulhada na escuridão da caverna, sendo guiada pelos sentidos mais superficiais e além de tudo, tomando esse tipo de vida como sendo o verdadeiro. Mas na realidade, enquanto essa grande multidão de manipulados sem identidade volta-se para suas vidas medíocres, procurando satisfazer seus desejos mais vulgares, como a aparência de seus corpos, de suas roupas e de seus pertences, o mundo desaba ao redor. Os desastres naturais, as doenças e a pobreza se proliferam, assim como o número de pessoas sem oportunidades destinadas ao fracasso, e ao invés da solidariedade a sociedade atual se fecha cada vez mais ao individualismo e ao egocentrismo que o sistema impôs.

Todo esse panorama é conseqüência de um único objetivo do sistema capitalista: lucrar! Então como esse pode ser um sistema justo? Se visa o bem estar de tão poucos em detrimento do sofrimento da maioria.

Todos os fatos observados são dados alarmantes de que a humanidade precisa, urgentemente, mudar o modo de vida, e de que o capitalismo, indiscutivelmente, está levando o mundo ao caos. Basta cada um decidir de que lado quer ficar: do lado de fora ou do lado de dentro da caverna.

Referências bibliográficas

PADILHA, Valquíria.A sociologia vai ao shopping center.Ciência Hoje, mai. 2007, p. 30-35

Platão, A República, livro VII